sábado, 31 de dezembro de 2016

Dia Mundial da Paz º de janeiro de 2017 - Mensagem do papa Francisco- 1



O papa Francisco, em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro, fala que vivemos hoje "uma guerra mundial aos pedaços". E propõe a "construção da paz por meio da não-violência ativa"

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A CELEBRAÇÃO DO 50º DIA MUNDIAL DA PAZ

1° DE JANEIRO DE 2017

A não-violência: estilo de uma política para a paz

1. No início deste novo ano, formulo sinceros votos de paz aos povos e nações do mundo inteiro, aos chefes de Estado e de governo, bem como aos responsáveis das Comunidades Religiosas e das várias expressões da sociedade civil. Almejo paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma dignidade imensa. Sobretudo nas situações de conflito, respeitemos esta «dignidade mais profunda»[1] e façamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida.

Esta é a Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz. Na primeira, o Beato Papa Paulo VI dirigiu-se a todos os povos – e não só aos católicos – com palavras inequívocas: «Finalmente resulta, de forma claríssima, que a paz é a única e verdadeira linha do progresso humano (não as tensões de nacionalismos ambiciosos, nem as conquistas violentas, nem as repressões geradoras duma falsa ordem civil)». Advertia contra o «perigo de crer que as controvérsias internacionais não se possam resolver pelas vias da razão, isto é, das negociações baseadas no direito, na justiça, na equidade, mas apenas pelas vias dissuasivas e devastadoras». Ao contrário, citando a Pacem in terris do seu antecessor São João XXIII, exaltava «o sentido e o amor da paz baseada na verdade, na justiça, na liberdade, no amor».[2] É impressionante a atualidade destas palavras, não menos importantes e prementes hoje do que há cinquenta anos.

Nesta ocasião, desejo deter-me na não-violência como estilo duma política de paz, e peço a Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais. Quando sabem resistir à tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protagonistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz. Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo caraterístico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas.

 Um mundo dilacerado

2. Enquanto o século passado foi arrasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um grande número de outros conflitos, hoje, infelizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços. Não é fácil saber se o mundo de hoje seja mais ou menos violento que o de ontem, nem se os meios modernos de comunicação e a mobilidade que carateriza a nossa época nos tornem mais conscientes da violência ou mais rendidos a ela.

 Seja como for, esta violência que se exerce «aos pedaços», de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental. E para quê? Porventura a violência permite alcançar objetivos de valor duradouro? Tudo aquilo que obtém não é, antes, desencadear represálias e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a poucos «senhores da guerra»?

A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes sofrimentos, porque grandes quantidades de recursos são destinadas a fins militares e subtraídas às exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra. No pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos.

 A Boa Nova

3. O próprio Jesus viveu em tempos de violência. Ensinou que o verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a violência e a paz, é o coração humano: «Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos» (Marcos 7, 21). Mas, perante esta realidade, a resposta que oferece a mensagem de Cristo é radicalmente positiva: Ele pregou incansavelmente o amor incondicional de Deus, que acolhe e perdoa, e ensinou os seus discípulos a amar os inimigos (cf. Mateus 5, 44) e a oferecer a outra face (cf. Mateus 5, 39). Quando impediu, aqueles que acusavam a adúltera, de a lapidar (cf. João 8, 1-11) e na noite antes de morrer, quando disse a Pedro para repor a espada na bainha (cf. Mateus 26, 52), Jesus traçou o caminho da não-violência que Ele percorreu até ao fim, até à cruz, tendo assim estabelecido a paz e destruído a hostilidade (cf. Efésios 2, 14-16). Por isso, quem acolhe a Boa Nova de Jesus, sabe reconhecer a violência que carrega dentro de si e deixa-se curar pela misericórdia de Deus, tornando-se assim, por sua vez, instrumento de reconciliação, como exortava São Francisco de Assis: «A paz que anunciais com os lábios, conservai-a ainda mais abundante nos vossos corações».[3]

Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência. Esta, como afirmou o meu predecessor Bento XVI, «é realista pois considera que no mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, exceto se lhe contrapuser algo mais de amor, algo mais de bondade. Este “algo mais” vem de Deus».[4]E acrescentava sem hesitação: «a não-violência para os cristãos não é um mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade. O amor ao inimigo constitui o núcleo da “revolução cristã”».[5] A página evangélica – amai os vossos inimigos (cf. Lucas 6, 27) – é, justamente, considerada «a magna carta da não-violência cristã»: esta não consiste «em render-se ao mal (…), mas em responder ao mal como bem (cf. Romanos 12, 17-21), quebrando dessa forma a corrente da injustiça».[6]

 Mais poderosa que a violência

4. Por vezes, entende-se a não-violência como rendição, negligência e passividade, mas, na realidade, não é isso. Quando a Madre Teresa recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1979, declarou claramente qual era a sua ideia de não-violência ativa: «Na nossa família, não temos necessidade de bombas e de armas, não precisamos de destruir para edificar a paz, mas apenas de estar juntos, de nos amarmos uns aos outros (…). E poderemos superar todo o mal que há no mundo».[7] Com efeito, a força das armas é enganadora. «Enquanto os traficantes de armas fazem o seu trabalho, há pobres pacificadores que, só para ajudar uma pessoa, outra e outra, dão a vida»; para estes obreiros da paz, a Madre Teresa é «um símbolo, um ícone dos nossos tempos».[8] No passado mês de setembro, tive a grande alegria de a proclamar Santa. Elogiei a sua disponibilidade para com todos «através do acolhimento e da defesa da vida humana, a dos nascituros e a dos abandonados e descartados. (…) Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes – diante dos crimes! – da pobreza criada por eles mesmos».[9] Como resposta, a sua missão – e nisto representa milhares, antes, milhões de pessoas – é ir ao encontro das vítimas com generosidade e dedicação, tocando e vendando cada corpo ferido, curando cada vida dilacerada.

 A não-violência, praticada com decisão e coerência, produziu resultados impressionantes. Os sucessos alcançados por Mahatma Gandhi e Khan Abdul Ghaffar Khan, na libertação da Índia, e por Martin Luther King Jr contra a discriminação racial nunca serão esquecidos. As mulheres, em particular, são muitas vezes líderes de não-violência, como, por exemplo, Leymah Gbowee e milhares de mulheres liberianas, que organizaram encontros de oração e protesto não-violento (pray-ins), obtendo negociações de alto nível para a conclusão da segunda guerra civil na Libéria.

 E não podemos esquecer também aquela década epocal que terminou com a queda dos regimes comunistas na Europa. As comunidades cristãs deram a sua contribuição através da oração insistente e a ação corajosa. Especial influência exerceu São João Paulo II, com o seu ministério e magistério. Refletindo sobre os acontecimentos de 1989, na Encíclica Centesimus annus (1991), o meu predecessor fazia ressaltar como uma mudança epocal na vida dos povos, nações e Estados se realizara «através de uma luta pacífica que lançou mão apenas das armas da verdade e da justiça».[10] Este percurso de transição política para a paz foi possível, em parte, «pelo empenho não-violento de homens que sempre se recusaram a ceder ao poder da força e, ao mesmo tempo, souberam encontrar aqui e ali formas eficazes para dar testemunho da verdade». E concluía: «Que os seres humanos aprendam a lutar pela justiça sem violência, renunciando tanto à luta de classes nas controvérsias internas, como à guerra nas internacionais».[11]

 A Igreja comprometeu-se na implementação de estratégias não-violentas para promover a paz em muitos países solicitando, inclusive aos intervenientes mais violentos, esforços para construir uma paz justa e duradoura.

Este compromisso a favor das vítimas da injustiça e da violência não é um património exclusivo da Igreja Católica, mas pertence a muitas tradições religiosas, para quem «a compaixão e a não-violência são essenciais e indicam o caminho da vida».[12] Reitero-o aqui sem hesitação: «nenhuma religião é terrorista».[13] A violência é uma profanação do nome de Deus.[14] Nunca nos cansemos de repetir: «jamais o nome de Deus pode justificar a violência. Só a paz é santa. Só a paz é santa, não a guerra».[15]

A raiz doméstica duma política não-violenta

5. Se a origem donde brota a violência é o coração humano, então é fundamental começar por percorrer a senda da não-violência dentro da família. É uma componente daquela alegria do amor que apresentei na Exortação Apostólica Amoris laetitia, em março passado, concluindo dois anos de reflexão por parte da Igreja sobre o matrimónio e a família. Esta constitui o cadinho indispensável no qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cuidar uns dos outros desinteressadamente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão.[16] A partir da família, a alegria do amor propaga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade.[17] Aliás, uma ética de fraternidade e coexistência pacífica entre as pessoas e entre os povos não se pode basear na lógica do medo, da violência e do fechamento, mas na responsabilidade, no respeito e no diálogo sincero. Neste sentido, lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética.[18] Com igual urgência, suplico que cessem a violência doméstica e os abusos sobre mulheres e crianças.

O Jubileu da Misericórdia, que terminou em novembro passado, foi um convite a olhar para as profundezas do nosso coração e a deixar entrar nele a misericórdia de Deus. O ano jubilar fez-nos tomar consciência de como são numerosos e variados os indivíduos e os grupos sociais que são tratados com indiferença, que são vítimas de injustiça e sofrem violência. Fazem parte da nossa «família», são nossos irmãos e irmãs. Por isso, as políticas de não-violência devem começar dentro das paredes de casa para, depois, se difundir por toda a família humana. «O exemplo de Santa Teresa de Lisieux convida-nos a pôr em prática o pequeno caminho do amor, a não perder a oportunidade duma palavra gentil, dum sorriso, de qualquer pequeno gesto que semeie paz e amizade. Uma ecologia integral é feita também de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo».[19]

O meu convite

6. A construção da paz por meio da não-violência ativa é um elemento necessário e coerente com os esforços contínuos da Igreja para limitar o uso da força através das normas morais, mediante a sua participação nos trabalhos das instituições internacionais e graças à competente contribuição de muitos cristãos para a elaboração da legislação a todos os níveis. O próprio Jesus nos oferece um «manual» desta estratégia de construção da paz no chamado Sermão da Montanha. As oito Bem-aventuranças (cf. Mateus 5, 3-10) traçam o perfil da pessoa que podemos definir feliz, boa e autêntica. Felizes os mansos – diz Jesus –, os misericordiosos, os pacificadores, os puros de coração, os que têm fome e sede de justiça.

Este é um programa e um desafio também para os líderes políticos e religiosos, para os responsáveis das instituições internacionais e os dirigentes das empresas e dos meios de comunicação social de todo o mundo: aplicar as Bem-aventuranças na forma como exercem as suas responsabilidades. É um desafio a construir a sociedade, a comunidade ou a empresa de que são responsáveis com o estilo dos obreiros da paz; a dar provas de misericórdia, recusando-se a descartar as pessoas, danificar o meio ambiente e querer vencer a todo o custo. Isto requer a disponibilidade para «suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo».[20] Agir desta forma significa escolher a solidariedade como estilo para fazer a história e construir a amizade social. A não-violência ativa é uma forma de mostrar que a unidade é, verdadeiramente, mais forte e fecunda do que o conflito. No mundo, tudo está intimamente ligado.[21] Claro, é possível que as diferenças gerem atritos: enfrentemo-los de forma construtiva e não-violenta, de modo que «as tensões e os opostos [possam] alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida», conservando «as preciosas potencialidades das polaridades em contraste».[22

Asseguro que a Igreja Católica acompanhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violência ativa e criativa. No dia 1 de janeiro de 2017, nasce o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que ajudará a Igreja a promover, de modo cada vez mais eficaz, «os bens incomensuráveis da justiça, da paz e da salvaguarda da criação» e da solicitude pelos migrantes, «os necessitados, os doentes e os excluídos, os marginalizados e as vítimas dos conflitos armados e das catástrofes naturais, os reclusos, os desempregados e as vítimas de toda e qualquer forma de escravidão e de tortura».[23] Toda a ação nesta linha, ainda que modesta, contribui para construir um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz.

Em conclusão

7. Como é tradição, assino esta Mensagem no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nossa Senhora é a Rainha da Paz. No nascimento do seu Filho, os anjos glorificavam a Deus e almejavam paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade (cf. Lucas 2, 14). Peçamos à Virgem Maria que nos sirva de guia.

«Todos desejamos a paz; muitas pessoas a constroem todos os dias com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a dificuldade de tantas tentativas para a construir».[24]No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações, palavras e gestos a violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum. «Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz».[25]

Vaticano, 8 de dezembro de 2016.

Francisco

 [1] Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 228.

[2] Mensagem para a celebração do 1º Dia Mundial da Paz, 1° de janeiro de 1968.

[3] «Legenda dos três companheiros»: Fontes Franciscanas, n. 1469.

[4] Angelus, 18 de fevereiro de 2007.

[5] Ibidem.

[6] Ibidem.

[7] Discurso por ocasião da entrega do Prémio Nobel, 11 de dezembro de 1979.

[8] Francisco, Meditação «O caminho da paz», Capela da Domus Sanctae Marthae, 19 de novembro de 2015.

[9] Homilia na canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá, 4 de setembro de 2016.

[10] N. 23

[11] Ibidem.

[12] Francisco, Discurso na Audiência inter-religiosa, 3 de novembro de 2016.

[13] Idem, Discurso no III Encontro Mundial dos Movimentos Populares, 5 de novembro de 2016.

[14] Cf. Idem, Discurso no Encontro com o Xeque dos Muçulmanos do Cáucaso e com Representantes das outras Comunidades Religiosas, Baku, 2 de outubro de 2016.

[15] Idem, Discurso em Assis, 20 de setembro de 2016.

[16] Cf. Exort. ap. pós-sinodal Amoris laetitia, 90-130.

[17] Cf. ibid., 133.194.234.

[18] Cf. Francisco, Mensagem à Conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares, 7 de dezembro de 2014.

[19] Idem, Carta enc. Laudato si’, 230.

[20] Idem, Exort. ap. Evangelii gaudium, 227.

[21] Cf. Idem, Carta enc. Laudato si’, 16.117.138.

[22] Idem, Exort. ap. Evangelii gaudium, 228.

[23] Idem, Carta apostólica sob a forma de “Motu proprio” pela qual se institui o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, 17 de agosto de 2016.

[24] Francisco, Regina Caeli, Belém, 25 de maio de 2014.

[25] Apelo, Assis, 20 de setembro de 2016.

Com informações Rádio Vaticano

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Intercapítulo refletiu sobre Colaboração

Colaboração continental: será uma utopia? 
Ou é um valor e uma possibilidade de crescimento? Estas duas interrogações nos atormentaram hoje, nos trabalhos de grupo para a avaliação da colaboração continental. Nestes anos, as Circunscrições deram alguns passos na colaboração, seja no apostolado como na formação, experimentando a vantagem da abertura e do conhecimento entre as irmãs do mesmo Continente.

As iniciativas de colaboração foram diversas e interessantes, mas não faltaram dificuldades, sobretudo pela diversidade de línguas, as distâncias e as mentalidades diferentes. Entre momentos de desânimo e fortes retomadas, a colaboração é, de toda forma, uma realidade

A avaliação evidenciou os pontos fracos e os obstáculos. Dialogamos sobre a forma de melhorar o caminho conjunto nas formas e na organização, esclarecendo as responsabilidades, os critérios de ação, os aspectos concretos. Ficou uma certeza: não podemos renunciar às formas inteligentes de colaboração, para aprender umas das outras e partilhar experiências, ideias e materiais de apostolado.

domingo, 11 de setembro de 2016

Momentos do Intercapítulo das Filhas de São Paulo








Acompanhando o Inter Capítulo de Paulinas


MARKO IVAN RUPNIK

6 setembro
• Lettura sapienziale del contesto socio-ecclesiale

Artista, teólogo e presbítero esloveno, pertence à Companhia de Jesus (Jesuítas) Vive e trabalha em Roma no Pontifício Oriental – Centro Aletti do qual é diretor. Leciona na Pontifícia Universidade Gregoriana e no Pontifício Instituto Litúrgico. Desde 1995 é Diretor do Atelier da arte espiritual do Centro Aletti. No desenvolvimento de sua atividade de artista e de teólogo tem lugar especial elementos pastorais, sobretudo através de suas conferências e de seus numerosos cursos de exercídios espirituais.



sr Elena Bosetti
ELENA BOSETTI

10 setembro
• Ritiro spirituale: La Parola, luogo dell’unità: Marta e Maria (Lc 10,38-42)

Doutora em teologia bíblica, é autora de numerosas publicações. Religiosa das Irmãs de Jesus Bom Pastor (Pastorinhas) atualmente leciona no Insituto de Teologia para a Vida Consagrada Claretiano (Roma) e no Instituto Superior de Ciências Religiosas C. Ferrini (Modena). Colabora com diversas revistas de caráter teológico e pastoral. Dedica-se ao ministério da Palavra e formação bíblica na Itália e no exterior.



don Giuseppe Forlai
GIUSEPPE FORLAI

11 setembro
• Le fonti ispiratrici dell’integralità alberioniana
• Maria: l’icona della integralità

Presbítero da diocese de Roma, é membro do Instituto Jesus Sacerdote. Doutor em teologia com especialização em mariologia pela Pontifícia Faculdade Teológica Mariana, estudou filosofia política e ética na Universidade de Tor Vergata (Roma). Atualmente desenvolve o ministério do acompanhamento espiritual no Pontifício Seminário Romano Maior e de animador em diversos institutos e organismos da vida consagrada. Autor de numerosos textos, com Paulinas publicou: Cristo vive em mim. A proposta espiritual de pe. Alberione (2013) e Eu sou “Evangelho". Decidir-se por Cristo na escol,a de Paulo (2015).



mons. Antonio Pitta
ANTONIO PITTA

11 setembro
• Paolo mistico apostolo. La liturgia della vita

Presbítero da Diocese de Lucera-Troia, professor de Novo Testamento na Pontifícia Universidade Lateranense, é um dos maiores estudiosos de Paulo na Itália e no exterior. Autor de numerosas e importantes publicações, em particular de comentários sobre as cartas paulinas e com Paulinas publicou: Carta aos Romanos. Nova versão, introdução e comentário (Milão 2001, 20093); Transformar-se pelo Espírito. Lectio divina sobre as cartas de Paulo (Milão 2005, 20093); Carta aos filipenses. Nova versão, introdução e comentário (Milão 2010).



don Agatino Gugliara
AGATINO GUGLIARA

12 setembro
• La pedagogia dell’integralità di Alberione: le quattro ruote

Sacerdote da Sociedade São Paulo, completou seus estudos sobre os Padres da Igreja. Atualmente é superior da comunidade de Catania. Está empenhado na animação da Família Paulina e no ministério de orientador nos Exercícios espirituais.



quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Presidente da CRB fala aos bispos



Irmã Maria Inês V. Ribeiro, mad, presidente da CRB, participou, do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da CNBB, do mês de agosto.

No dia 24, foi convidada a falar durante o Conselho e apresentou aos bispos e assessores uma síntese da 24ª Assembléia Geral Eletiva da CRB, que aconteceu em julho.

Falou dos Horizontes que foram definidos e das Prioridades para a Vida Religiosa Consagrada no Brasil para ao triênio 2016-2019.

O Horizonte é uma convocação a ser Igreja Missionária, em saída.

As Prioridades propõem: 1ª Fortalecer a integração mística e profecia; 2ª Cultivar a cultura do encontro; 3ª Missão com opção preferencial pelos pobres; 4ª Intercongregacionalidade.

Informou ainda a presidente que a CRB está elaborando o Plano de Ação.

Falou da continuidade da Missão do Haiti - Projeto CNBB/CRB até 2020.

Quatro irmãs são enviadas para a Missão em Pemba, Moçambique, com viagem no dia 1º/09/2016.

Informou ainda sobre a Peregrinação da Mãe Aparecida nas Regionais com a participação das Dioceses. Também se prevê uma Romaria da Vida Consagrada.

Outro assunto foi sobre a visita da presidente ao Sr. Valdir Misnerovicz, integrante do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), preso em Goiás no início de junho, em Aparecida de Goiânia (GO).

Informou também sobre a situação dos indígenas de Dourados (MS) e a atuação da CRB do Mato Grosso do Sul com uma comunidade itinerante sendo presença e apoio aos indígenas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Diretoria da CRB Nacional (2016-21019)

Da esquerda para a direita: Irmão Joaquim Sperandio, fms (Tesoureiro), Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad (Presidente), Irmã Paula Francinette da Silva, Irmãs de Nossa Senhora da Glória (2ª vice-presidente), Irmã Maria Petronila de Souza Soares, Missionária da Imaculada Conceição (secretária), Irmã Cacilda Mendes Peixoto, Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora (Conselheira), Irmão Edgar Genuíno Nicodem, Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs (1º Vice-presidente), Frei Cláudio Sérgio de Abreu, Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (Conselheiro).

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Oração pelas vocações (Papa Francisco)





Pai de misericórdia,
que destes o vosso Filho pela nossa salvação e
sempre nos sustentais com os dons do vosso Espírito,
concedei-nos comunidades cristãs vivas,
fervorosas e felizes,
que sejam fontes de vida fraterna e
suscitem nos jovens o desejo de se consagrarem a Vós e
à evangelização.
Sustentai-as no seu compromisso de
propor uma adequada catequese vocacional e
caminhos de especial consagração.
Dai sabedoria para o necessário discernimento vocacional,
de modo que, em tudo,
resplandeça a grandeza do vosso amor misericordioso.
Maria, Mãe e educadora de Jesus,
interceda por cada comunidade cristã, para que,
tornada fecunda pelo Espírito Santo,
seja fonte de vocações autênticas
para o serviço do povo santo de Deus.
Amém.
(Papa Francisco, 2016 - 53º Dia Mundial de Orações pelas Vocações)



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Nova diretoria da CRB Nacional

Por Rosinha Martins |18.07.2016 | Durante a 24ª Assembleia Geral Eletiva da CRB Nacional, os representantes das congregações associadas da Conferência que se somavam cerca de 600, reunidos em Brasília, elegeram a nova coordenação da CRB Nacional.
Na missa de posse realizada na manhã da sexta, 15, o arcebispo de Porto Alegre e bispo referencial para a Vida Consagrada,  que presidiu a celebração, dom Jaime Spengler pediu que os eleitos e eleitas se ajoelhassem para que fosse abençoados/as pela mesma assembleia que os elegeu. " Peço que se ajoelhem. Este gesto quer significar que vocês estão assumindo um serviço para a Vida Consagrada e esta mesma os abençoará neste momento.
A coordenação ficou assim constituída:
Presidente: Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad
Diretores: Irmã Maria Petronila de Souza Soares (Missionária da Imaculada Conceição)
Irmã Paula Francinette da Silva Irmãs de Nossa Senhora da Glória
Irmã Cacilda Mendes PeixotoIrmãs Sacramentinas de Nossa Senhora
Irmão Joaquim Sperandio
Irmãozinhos de Maria (Marista)
Irmão Edgar Genuíno NicodemInstituto dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalista)
Frei Cláudio Sérgio de AbreuOrdem dos Frades Menores Capuchinhos


  Na ocasião foi eleito, também, um novo Conselho Fiscal para CRB Nacional, o qual ficou assim constituído:Padre Nivaldo Luiz Pessinatti, Salesiano de Dom Bosco
Irmã Jardelino Menegat. Irmãs das Escolas Cristãs (Lassalista)
Irmã Adriana Coan. Irmãs do Imaculado Coração de Maria
Irmã Maria Teresa DinizIrmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã
Irmã Maria Soledade Santos Freire, Congregação das Religiosas do Santíssimo Sacramento

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Jubileus celebrados na Casa de Oração

Estamos chegando ao final do mês de Junho, mês cheio de significado para toda a Família Paulina, mês que também nós, Irmãs Paulinas, rendemos graças a Deus por tantas coisas boas que aconteceram. 

De modo especial, queremos elevar nossos louvores a Deus pela Primeira Profissão Religiosa das noviças: Gabrielle e Silvânia, que no dia 12 de junho fizeram a sua consagração na Pia Sociedade das Filhas de São Paulo. Que o SIM de vocês seja fecundo e se multiplique no dia a dia!

No último domingo de junho, 26, as Irmãs Paulinas: Adriana Zuchetto, Carmem Maria Pulga, Joana Terezinha Puntel, Leiry Zanchet, Maria Rogéria Bottasso, Terezinha Maria Dambros Celebraram seu jubileu de OURO de Consagração. Um momento de muita gratidão a Deus por toda a vida partilhada ao longo deste caminhada. 


Também as Irmãs: Cícera Maria Gomes da Silva, Edimá Enedina dos Santos, Elisabete Corazza, Iracema Farias Leal, Renilda Formigão, Sebastiana Roseli da Aparecida Schissel e Zuleica Aparecida Silvano, com a presença de familiares, amigos e das Irmãs de várias comunidades celebraram o seu Jubileu de PRATA. Rendemos graças a Deus pela fidelidade destas Irmãs nos seus 50 e 25 anos de vida Consagrada.
Tudo nos vem de Deus! Laudato sì!

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Assembleia Geral Eletiva da CRB

Conferência dos Religiosos do Brasil apresenta a logomarca da 24ª Assembleia Geral Eletiva que acontecerá de 11 a 15 de julho, no Colégio Madre Carmem Sallés, em Brasília (DF).

Com o principal objetivo de eleger a nova presidência, a Assembleia reunirá cerca de 500 representantes das congregações associadas da Conferência.

O evento terá como tema "Vida Religiosa Consagrada em processo de transformação" e lema "Eis que estou fazendo uma coisa nova" (Is, 43, 19).

A logomarca que perpassará todo o material elaborado para a Assembleia é baseado no texto do profeta Isaías, capítulo 43. 



A  arte é obra de Irmã Patricia Souza da Silva, religiosa da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, fundada pela Venerável Me. Maria Teresa de Jesus Eucarístico. Atualmente reside em Joinville/SC. É técnica de projetação e realização de objetos sagrados pela Sacred Art School de Florença, Itália. Cursou Master em Arquitetura, Artes Sacras e Liturgia no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum em Roma, sob o patrocínio da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

"Desde 2009 desenvolvo projetos de iconografia sacra com ênfase na pintura e auxilia em readequações litúrgicas em igrejas e capelas. Entre seus trabalhos está o desenho do mosaico do Santuário do Pai das Misericórdias, em Cachoeira Paulista/SP (Canção Nova), explica Patrícia.

Em Joinville, acrescenta, "estamos construindo a Obra Social Me. Teresa, que servirá de apoio às pessoas de vulnerabilidade social, especialmente jovens e crianças.Damos assistência na Pastoral da Saúde, com visita aos enfermos no Hospital Regional Hans Dieter Schimidt e prestamos serviço à comunidade paroquial e diocese com palestras, formação e acompanhamentos de seminaristas".

Texto explicativo da logomarca

A árvore representa a Igreja, na qual estão presentes as diversas formas de Vida Consagrada e a diversidade dos carismas, representadas pelas folhas.

Os três galhos nos remetem ao legado da Igreja para a VC no ano a ela dedicado: Evangelho, Profecia e Esperança, bem como nos recordam os três Votos Religiosos. A cruz, símbolo de Cristo por excelência, representa também o caráter missionário da VC, cujos braços se direcionam aos quatro cantos da Terra.

Paira sobre ela o Espírito Santo, que sempre a impulsiona a não desistir e fazendo gerar novos frutos e frentes de apostolado.O pensamento do profeta " Eis que estou fazendo uma coisa nova", é tema de um dos capítulos do livro Vida Religiosa Consagrada em processo de transformação, desenvolvido pelo irlandês e missionário do Verbo Divino, padre Thomaz Hughes.

De acordo com padre Thomaz, o livro do Deutero-Isaías é uma fonte inspiradora para a Vida Religiosa Consagrada nos dias de hoje, pois a Historia da Salvação demonstra que foi através de crises que o Projeto de Deus avançou.

Isaías apresenta Deus falando com seu povo, exilado, desanimado, aparentemente sem perspectivas e faz uma recomendação. "Não fiquem lembrando o passado...vejam que eu estou fazendo uma coisa nova: ela está brotando agora e vocês não percebem?" (Is, 43, 18 – 19).

Para enxergar a 'coisa nova' que Deus fazia brotar, afirma padre Thomaz, "era necessário criar uma nova maneira de ver as coisas, ter novas lentes, entender que a 'coisa nova', não é a antiga 'renovada', mas algo verdadeiramente novo, excitante, que brotava da ação do Espírito".

Segundo Hughes, tempos difíceis para a Vida Religiosa Consagrada, como este, é um momento de bênção que conduz à renovação, talvez de um jeito impossível de ser antecipado. "Para que isso aconteça, precisamos deixar de ser obcecados com a nossa sobrevivência e a das nossas obras e empreendimentos, revitalizar o tripé da experiência de Deus, Vida Comunitária e Missão profética, acreditar na 'coisa nova' que Deus já faz brotar, e o resto virá por acréscimo", adverte.

Fonte: CRB Nacional

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Família Paulina celebrará o Jubileu no dia 3 de julho


A celebração do jubileu está sendo preparada, pessoal e comunitariamente, com a oração, a reflexão, a partilha e a participação ao Sacramento da Reconciliação.

Culminará com a Celebração Eucarística e passagem pela “porta santa”, no dia 
3 de julho (solenidade de São Pedro e São Paulo), 
no Santuário São Judas Tadeu, São Paulo, 
com início às 14h30.

Essa escolha é válida para as comunidades de São Paulo ou próximas. As demais comunidades onde haja Família Paulina se organiza de acordo com os coordenadores locais, nessa mesma data.